Beije minha alma agora.
A frente da lua branca minha aura revigora.
Brilha arco íris, luz e sombra , jovem senhora.
Espírito do oposto brilho, alma da noite.
Não deixe seus filhos sobre as regras do açoite.
Mais uma vez beije minha boca por entre os espectros vindos da corte.
Deixe me cair no sono profundo, seguirei como vigia.
Noite mais dia acordarei e minha pele não estará mais fria.
Deixe me vagar entre mundos.
Passearei pelas nove ilhas sagradas, retornarei do submundo.
Deixe-me mostrar-te a luz sagrada.
Para conhecer o brilho do sol necessitará caminhar por uma escura jornada.
E tudo faz parte.
Deixe-me guiar-te pelos caminhos que os antigos chamaram de morte.
E quando descansar o corpo mundano, padecerá no mundo tudo o que for profano.
Ascenderá o amor por aquilo que é humano, vislumbrará teu corpo nu sem aquilo que te cobre, teus panos, sem teu julgamento, sem teus olhos guiados pelo outro que nunca te deu acalento.
Com teu coração puramente fecundo, com os ouvidos inundados pela música que toca no mais intimo profundo. Guiado pelas cordas que vibram junto ao espírito do mundo!
Ton Owl
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